segunda-feira, 22 de outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Dt 4:9

DGMC3

E AS VIÚVAS?


"...ajudar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações" (Tg 1:27).
Há duas classes de pessoas que a Bíblia recomenda que sejam cuidadas pela Igreja: os órfãos e as viúvas (Tg 1:27). Conheço dezenas de ministérios que cuidam de órfãos. Admiro aqueles que gastam tempo e dinheiro para acolher estes que perderam seu arrimo. Ao redor do mundo, milhares de instituições – quer religiosas, civis, governamentais ou grupos espontâneos de amigos ou vizinhos – organizam-se em creches, orfanatos, missões, escolas, abrigos, e um sem-número de propostas de soluções para acolher crianças indefesas diante da vida.
Entretanto, tenho encontrado pouco, ou quase nada, no que diz respeito ao cuidado das viúvas. Conheço todo o fundamento bíblico quanto ao assunto. Sei tudo quanto o Novo Testamento, especialmente a literatura paulina, ensina quanto às regras e cuidados que devemos tomar. Mas o que de prático, na verdade, estamos fazendo para cuidar daquela que a Bíblia qualifica como "verdadeiramente viúva"? Fazer uma estatística sobre o assunto não requer uma grande pesquisa. Basta que você responda a uma simples questão: "Quando foi que você fez algo, ou lhe foi pedido que fizesse algo em favor de uma criança? Compare, no mesmo período, quantas vezes aconteceu o mesmo em relação a uma viúva...".
Ouvi, certa vez, uma irmã querida, que preenchia todos os requisitos da teologia paulina quanto às viúvas. Serviu a Deus por mais de quarenta anos, quer como esposa de pastor ou através de outros ministérios para-eclesiásticos. Falava-me dos seus sonhos e das suas dificuldades. Ao deixar o meu gabinete, pensei: "O que estamos fazendo para socorrer pessoas como esta irmã?".
E as viúvas?
Pensamento: Quando ajudamos aos outros, abençoamos e somos abençoados. É um grande privilégio servir.
Oração: Senhor, que eu possa viver para servir aonde estiver e abençoe os órfãos e as viúvas que vou ajudar. Em nome de Jesus, amém!
Leitura: Mateus 20:1-16 – Números 13-14 – Eclesiastes 9:1-12
Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Salmos 106:1

DGMC2

O QUE VEMOS QUANDO OLHAMOS AO NOSSO REDOR?


"Quando essas coisas começarem a acontecer, fiquem firmes, levantem a cabeça, pois logo vocês serão salvos" (Lc 21:28).
Alguém disse que, pela maneira como olhamos o mundo, determinamos as nossas decisões e estabelecemos as nossas prioridades.
O que vemos quando olhamos à nossa volta?
Se você quiser ver PROBLEMAS, certamente os verá. Eles estão por toda parte. Na intimidade da família, nos governantes, nas escolas dos nossos filhos ou até mesmo dentro das nossas igrejas.
Se você quiser ver PESSIMISMO, ele estará por toda parte que os seus olhos passarem. "Isso não dá! Falta-nos dinheiro! Essa cidade é difícil demais! Não tenho ajuda suficiente!" – e milhares de expressões semelhantes a estas que você mesmo já usou. Amigo, feche esta janela!
Mas, se você quiser ver POSSIBILIDADES, elas também estão por toda parte. Jesus disse: "Levantai os vossos olhos e vede".
1. Levante a cabeça. "Levantai os vossos olhos...". Para ver, você precisa erguer a cabeça. Não veja o mundo com uma lupa, nem com um telescópio, mas com um radar imenso que possa captar o que ninguém mais está vendo. Levante a cabeça. Vença o desânimo. Apague de seu vocabulário a palavra "impossível". Creia que Deus está vivo e tem o controle de todas as coisas.
2. Veja o que os outros não estão vendo. Jesus disse: "Levantai os vossos olhos e vede...". Alguns não vêem o óbvio. Algumas coisas são tão claras como o sol do meio-dia. Dois vendedores de calçados foram enviados à África. Ao chegarem, viram milhares de pessoas descalças. Um deles enviou um fax à fábrica dizendo: "Não há possibilidades. Ninguém usa calçados". O outro enviou um fax com urgência. Dizia: "Favor enviar todo o estoque que houver na fábrica. Ninguém aqui possui sapatos".
3. Veja com os olhos de Deus. Jesus viu uma multidão de ovelhas sem pastor. Veja o Brasil: mais de cem milhões de pessoas a serem alcançadas. Há milhares de igrejas a serem construídas, centenas de sonhos a serem transformados em realidade. Levante os olhos!
Pensamento: Levante os olhos! Deus quer usar você.
Oração: Pai, abre os meus olhos! Quero ser útil para o Teu reino. Em nome de Jesus, amém!
Leitura: Mateus 19:1-15 – Números 9-12 – Eclesiastes 7
Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

LUCAS: MÉDICO E ESCRITOR


"Prezado Teófilo, no primeiro livro que escrevi, contei tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo do seu trabalho até o dia em que ele foi levado par ao céu. Antes de ir para o céu, ele deu ordens, pelo poder do Espírito Santo, aos homens que ele havia escolhido como apóstolos. Depois da sua morte, Jesus apareceu a eles de muitas maneiras, durante quarenta dias, provando, sem deixar dúvida nenhuma, que estava vivo" (At 1:1-3).
Os livros de Atos e Lucas são irmãos gêmeos – foram escritos pelo mesmo autor, Lucas. Paulo o chamava de médico amado. A partir da época em que Paulo escreve aos coríntios sobre o espinho na carne, Lucas começa a acompanhá-lo, por ser servo de Deus e médico também.
Um médico pára o seu trabalho de médico para fazer pesquisa sobre a vida de Jesus – onde nasceu, como ministrou. Por esse motivo, os livros escritos por Lucas aparecem com um pouco mais de cultura. Lucas inicia seus dois livros referindo-se a Teófilo. Ele era uma pessoa boa – seu nome significa amigo de Deus – e, provavelmente deveria ser importante e influente.
O livro de Atos fala da história da Igreja. Logo no primeiro capítulo, lança doutrinas fundamentais que não podemos deixar de anunciar: a volta de Cristo, a doutrina da santificação e o enchimento do Espírito Santo. Lucas escreve uma espécie de relatório acerca do que Jesus começou a fazer e ensinar. Lucas enfatiza que, conforme Jesus havia dito, os discípulos deveriam esperar a promessa do Pai: "Fiquem em Jerusalém e esperem até que o Pai lhes dê o que prometeu, conforme eu disse a vocês. Pois, de fato, João batizou com água, mas daqui a poucos dias vocês serão batizados com o Espírito Santo" (At 1:4-5).
Esta é a plenitude da benção: ficarmos cheios do Espírito. É esta a expressão que Paulo usa.
Pensamento: Temos o privilegio de sermos chamados por Deus de amigos.
Oração: Obrigado Senhor, por chamar-me de amigo! Sei que tens feito de tudo para minha vida desde ainda substância informe. Quero sempre viver de tal forma que possa refletir Tua imagem neste mundo perdido. Em nome de Jesus, amém!
Leitura: Mateus 18:18-35 – Números 7-8 – Eclesiastes 6
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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A SANTIDADE É NOSSA HERANÇA


"Procurem ter paz com todos e se esforcem para viver uma vida completamente dedicada ao Senhor, pois sem isso ninguém o verá" (Hb 12:14).
Os dicionários definem herança como "legado, aquilo que se transmite com o sangue".
Quando penso na herança que possuímos como nazarenos, creio verdadeiramente que a santidade cristã é o nosso maior legado. O autor de Hebreus declara que Jesus Cristo, para santificar o Seu povo, derramou o Seu sangue fora da porta . O sangue de Jesus é a base segura desta experiência, pois João declara que "o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado" (1 Jo 1:7).
Nossa herança não foi um legado de Wesley, nem de Armínio, muito menos de P. F. Breese, mas do próprio Deus, que declara enfaticamente: "Sêde santos porque Eu, o Senhor, Sou santo" (Lv 19:2). Não se trata de rejeitar ou desprezar coisa alguma do que recebemos de Deus através daqueles homens, mas de reconhecer que foram instrumentos para nos entregar uma herança.
A mensagem na nossa igreja não está baseada nos escritos de Chapman, mas na própria declaração do Livro de Deus, que expressa claramente a vontade do Senhor: "Esta é a vontade de Deus, a vossa santificação" (1 Ts 4:3). Que todos os estudiosos possam nos abençoar com as suas contribuições teológicas que reforcem a nossa herança – mas que jamais substituam tal herança por escritos de homens e sabedoria terrena.
A segurança da mensagem não está alicerçada na lógica da Teologia, nem mesmo na clareza dos fatos, mas na experiência pessoal daqueles que buscaram a presença santificadora do Espírito Santo, e cheios dessa graça, podem testificar: "Oh, jamais esquecerei quando o Espírito veio e Deus me santificou".
Esta é a nossa herança! Pregar um Evangelho completo. Declarar que o Senhor Jesus perdoa os nossos pecados e nos purifica de toda a injustiça. Podemos ser salvos do poder do pecado e batizados com o Espírito Santo para uma vida de poder e pureza.
Jesus orou: "Pai, santifica-os na verdade" (Jo 17:17).
Pensamento: "Sem santidade ninguém verá o Senhor": Essa é a maior herança do povo de Deus.
Oração: Espírito Santo me encha, e que eu possa viver na Tua presença em santidade e temor. Em Teu nome. Amém.
Leitura: Mateus 18:1-17 – Números 5-6 – Eclesiastes 5
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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

DOUTRINA, ESPÍRITO E DISCIPLINA


"Cuide de você mesmo e tenha cuidado com o que ensina. Continue fazendo isso, pois assim você salvará tanto você mesmo como os que o escutam" (1 Tm 4:16).
Ao despedir-se da sua função de líder mundial, o Dr. William Greathouse – um profundo conhecedor da Bíblia e honrado líder da nossa igreja – fez algumas afirmações que quero transcrever:
1. "A minha maior preocupação com o futuro da nossa igreja não é que ela venha a desaparecer como denominação, mas sim como uma igreja sem poder. Precisamos manter a DOUTRINA, o ESPÍRITO e a DISCIPLINA que nos animou no princípio. Preservemos nossa herança dada por Deus".
2. Outra preocupação é que a igreja sucumba ao institucionalismo. Nossa igreja começou como um movimento de santidade. Não pode substituir seu alvo primeiro por nenhuma outra coisa. Uma instituição esforça-se para alcançar alvos; um movimento tem visão".
Tomo essas frases soltas, deste querido irmão que tem servido a Deus e à Sua causa com dedicação, e as faço minhas. Todos nós, na presente geração, temos a responsabilidade de empunhar as verdades que outrora fundamentaram as raízes da nossa fé. Desprezar tais verdades não é somente desonrar aqueles que nos precederam, mas rejeitar princípios e valores que já se mostraram eficazes em edificar uma Igreja forte, sadia, abençoada. Desprezar a doutrina, o espírito e a disciplina que nos trouxeram até aqui é fazer descarrilar o vagão que transporta a nossa melhor herança pelos trilhos do futuro!
Precisamos conservar o que o Senhor tem colocado em nossas mãos:
– uma doutrina bíblica;
– um espírito dedicado e santificado;
– uma disciplina firme e zelosa pela e para a causa do Senhor.
Pensamento: Desprezar a doutrina é perder a essência.
Oração: Senhor, ajuda-me a entender de forma clara que a essência da Tua Palavra é a máxima para minha vida. Em nome de Jesus, amém!
Leitura: Mateus 17 – Números 3-4 – Eclesiastes 3:16–4:16
Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

ÂNIMO ABATIDO? TAMBÉM EU!


"A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco" (2 Co 12:9).
Não são poucas as vezes em que nos sentimos desanimados. Os motivos são os mais variados possíveis. Em algumas passagens da história do povo de Deus, encontramos os chamados gigantes da fé, passando por períodos que, julgávamos, só aconteceriam com pobres mortais como nós.
Moisés, que abriu o Mar Vermelho, que destruiu o exército de Faraó, que transcreveu a Lei, que recebeu o adjetivo de Libertador de Israel, teve, também, seu dia de desânimo – ao ponto de pedir que seu nome fosse tirado do Livro da Vida. Elias, o profeta dos milagres, o criador da Dinastia Profética (teve sua escola de profetas), teve sua depressão espiritual e, depois da crise de solidão, pediu a morte para si. Paulo, o herói do Novo Testamento, precisava trabalhar com seu espinho na carne, com ajuda de uma forte autodisciplina, esbofeteando seu próprio corpo para não ser desqualificado.
A graça de Deus não nos isenta de fases de desânimo e abatimento. Os motivos podem ser os mais diversos. Da crise familiar à financeira; dos questionamentos espirituais à guerra existencial; das crises de idades ao confronto com a nossa geração; da abundância gerada pela economia disciplinada ao golpe de ter bem menos, pela ação daqueles que regem o poder. Todas estas e muitas outras coisas produzem em nós o efeito e a causa do desânimo.
O que fazer? Creio que o remédio de Deus é encontrado no contexto das Escrituras. Deus nunca nos prometeu uma vida sem problemas, mas, isto sim, a graça suficiente para enfrentá-los. "A minha graça te basta" ainda é a saída de Deus para ajudar-nos em nossas desgraças.
Nesses dias de desânimo, levante a sua cabeça e ponha-se na dependência de Deus. Ele ainda afirma: "De maneira nenhuma te deixarei, de forma alguma te abandonarei".
Pensamento: Fora da graça de Deus estamos à mercê de nós mesmos.
Oração: Senhor, creio que a Tua Palavra é a base para minha crença. Em nome de Jesus, amém!
Leitura: Mateus 16 – Números 1-2 – Eclesiastes 3:1-15
Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

NECESSIDADE DE ACEITAÇÃO

"Hoje a salvação entrou nesta casa" (Lc 19:9).
Quando menino, ouvi várias vezes a história do rei que se despojava de seus trajes reais, vestia-se humildemente e misturava-se com o povo. Saturado das falsidades palacianas e dos elogios irreais, misturava-se ao povo para saber o que pensavam a seu respeito. O seu desejo era ser aceito por eles.
A necessidade básica de Zaqueu, chego à conclusão, era a de ser aceito. Sendo judeu, trabalhava para os romanos opressores de seu povo. Recolhia o dinheiro de seus compatriotas e roubava um pouco para si – a causa do seu desprezo.
Zaqueu possuía tudo o que o dinheiro pode conseguir, mas era um homem vazio. Tenho ouvido de milionários que deixam suas mansões e, incógnitos, vão aos bancos das praças mendigar uma conversa, recebendo a atenção sincera de alguma pessoa.
A notícia sobre Jesus chegou aos ouvidos de Zaqueu. Soube, inclusive, que um colega havia sido aceito pelo Senhor e O seguia. Zaqueu tentou romper todas as barreiras para encontrar-se com Ele. Não sei quantos milionários necessitados deixariam seu status para subir numa árvore com o único propósito de ver Jesus! Zaqueu queria ser ouvido. Gostaria de ser aceito!
Jesus deixa todos estupefatos quando se detém debaixo da árvore onde estava aquele homem necessitado – Ele sempre tem tempo para os necessitados. Chama Zaqueu pelo nome. Ele conhece os que O procuram e até sabe os seus nomes. Vai à casa de Zaqueu. A conversa foi longa. Creio que Zaqueu foi o que mais falou. Havia muito a confessar, e a confissão veio espontânea dos lábios deste homem carente. Alguém parou para ouvir o seu problema; o compreendeu; o amou... foi até à sua casa. Casa desprezada pelos parentes e vizinhos. O desprezado Zaqueu encontrou alguém que o amou e o aceitou.
Depois daquela visita, Zaqueu jamais foi o mesmo homem. Realmente, um milagre aconteceu. "Houve salvação nesta casa." O pequeno homem havia sido alcançado por Aquele que ama, compreende, perdoa e está sempre a nos dizer: "Vinde a Mim... E achareis descanso".
Pensamento: Deus nos conhece e sabe exatamente o que necessitamos.
Oração: Senhor, que possamos buscar a Jesus com a mesma intensidade de Zaqueu. Em Cristo, amém.
Leitura: Mateus 15:21-39 – Levítico 26-27 – Eclesiastes 1:12–2:26
Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

sábado, 6 de outubro de 2012

TEM CUIDADO DA DOUTRINA

"Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina" (1 Tm 4:16).
A exortação de Paulo ao seu discípulo mais chegado, Timóteo, ecoa com força em nossos dias. A igreja evangélica brasileira – uma das mais crescentes do mundo – tem sido invadida por uma onda de novidades. Em função desta pressão da modernidade que invade o terreno do sagrado, é tempo de ter "cuidado com a doutrina".
Doutrina é um conjunto de princípios que regem a nossa vida. Devem ter fundamentos, provados pela experiência. Ser confirmada pela vida e qualidade de testemunho e propósito.
Dentro da exortação paulina, tendo como pano de fundo os dias difíceis – com a crescente ameaça de apostasia e de doutrina de demônios –, a necessidade de se firmar no que se crê é fundamental.
Os velhos princípios da fé cristã não podem ser negociados pela onda de "sentimentos" e "novas experiências" que correm por aí. A salvação pela fé, fundamentada na graça; o arrependimento de pecados, com mudança radical de vida; a Palavra como referencial absoluto de direção para o crente; a santificação do coração; a vida no Espírito; a soberania de Deus e outros temas não podem ser sufocados pelo "evangelho fácil" que varre a Igreja dos nossos dias.
A busca de sucesso é um perigo. Evangelho, às vezes, é o antônimo disso. Desprezo. Traição. Renúncia. Cruz. Morte. São palavras comuns no Evangelho e, hoje, desprezadas.
Ter cuidado com a doutrina é coisa fundamental. Correr atrás de novidades é fruto da imaturidade do crente. "Eu sei em QUEM tenho crido" é mais importante do que "Eu sei no QUE tenho crido".
As palavras de Wesley ecoam hoje com muita autoridade e aplicação: "Na fé cristã tudo o que é novo não é verdadeiro; mas tudo o que é verdadeiro não é novo".
Pensamento: "Sentimentos" e "novas experiências" não podem ser negociados pelos velhos princípios da fé cristã.
Oração: Pai, obrigado pela Palavra que é luz para o meu caminho. Em nome de Jesus, amém!
Leitura: Mateus 14:1-21 – Levítico 20-21 – Provérbios 30
Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A CONSOLAÇÃO DE DEUS


"Que nosso Senhor Jesus Cristo mesmo e Deus, o nosso Pai, encham os seus corações de ânimo" (1 Ts 3:16-17).
A vida abre feridas que julgamos não haver cura. Momentos há em que tudo parece haver desmoronado, e ficamos possuídos de um vazio tão grande que nada consegue preencher. Um dia ou outro, todos passamos por experiências deste tipo. Embora cada pessoa possa imaginar que os seus problemas e desafios sejam diferentes dos de outras pessoas, há uma certa unanimidade: "a chuva cai sobre justos e injustos...". Ninguém é poupado do sofrimento.
Entretanto, porque somos filhos de Deus, é maravilhoso ver como Deus nos trata em ocasiões como estas. Ele sabe que a dor é a reação normal em resposta ao sofrimento. Ele mesmo chorou quando Seu amigo Lázaro morrera. Porém, Ele desce até nós com um toque especial e nos fala numa linguagem, e ameniza com Sua presença a dor que dilacera a nossa alma. Reconhecer a fraqueza e a fragilidade humana diante da dor, do sofrimento, da morte não provoca em Deus uma posição filosófica, um comentário ou um discurso de consolo. Não! Deus age – e começa pela Sua ação de consolo.
Paulo em Rm 15:5 e 2 Co 1:3 qualifica Deus como "O Deus da Consolação". João escreveu que o "Espírito Santo seria o Consolador, enviado pelo Pai". As mudanças visíveis ainda não aconteceram, alterando as circunstâncias externas, mas o Espírito de Deus já atua em nosso coração, em nossas emoções, em nossa vontade, com a Sua consolação.
Sim, a vida abre feridas e nem sempre as cicatriza. Deus sabe como penetrar em nossas brechas e consolar as necessidades básicas de nosso ser. Ele nos ama e nos compreende. Ele é o Deus da consolação.
Pensamento: Ninguém é poupado do sofrimento.
Oração: Pai, obrigado por haver enviado o Consolador para tratar meu coração de forma a exaltar Teu nome. Por Jesus, amém!
Leitura: Mateus 13:24-58 – Levítico 19 – Provérbios 29
Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

UMA ARTE CHAMADA DETERMINAÇÃO


"Não estou querendo dizer que já consegui tudo o que quero ou que já fiquei perfeito, mas continuo a correr para conquistar o prêmio, pois para isso já fui conquistado por Cristo Jesus. É claro, irmãos, que eu não penso que já consegui isso. Porém uma coisa eu faço: esqueço aquilo que fica para trás e avanço para o que está na minha frente" (Fp 3:12-13).
Paulo, no fundo da prisão, afirmou: "uma coisa eu faço". Esta expressão indica uma determinação imbatível, especialmente em relação à vida cristã.
Para tudo na vida é necessário determinação. Para melhorar seus relacionamentos, suas atitudes em casa, para colocar as prioridades no lugar.
Determine-se! Construa mais, leia mais, invista mais tempo com a Bíblia.
Um passo importante nesta arte envolve o esquecimento das coisas que não deram certo: "esqueço aquilo que fica para trás" . O que não deu certo pode vir a ser a sementeira daquilo que vai dar certo. Esqueça as pessoas que lhe fizeram mal, aqueles que o traíram. Não guarde ressentimento.
Uma pessoa determinada é também aquela que toma a resolução de avançar: "avanço para o que está na minha frente"
Prossiga! Vá para frente! Ainda que todas as coisas pareçam atrapalhá-lo. Há um prêmio, uma recompensa: "Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória. Esse prêmio é a nova vida para a qual Deus me chamou por meio de Cristo Jesus" (v.14).
A arte da determinação... que bela maneira de viver!
Pensamento: Importa caminhar hoje amanhã e sempre.
Oração: Senhor Deus, ajuda-me a dar um passo de cada vez, mas dar todos os passos necessários para cumprir a Tua vontade. Em nome de Jesus, amém.
Leitura: Mateus 13:1-23 – Levítico 17-18 – Provérbios 28
Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

SANTIDADE: NOSSA MISSÃO AO MUNDO

"A quem enviarei, e quem há de ir por nós?"(Is 6:8).
O lema acima foi lançado quando da Convenção da Sociedade Missionária em Kansas City, por ocasião da Assembléia Geral. Nossa maior responsabilidade e missão ao redor do mundo é pregar a doutrina bíblica da santidade cristã. Não descuidamos dos demais compromissos que a fé cristã nos obriga, mas, certamente, não podemos ser negligentes com aquela que é nossa missão distintiva.
Há motivos para enfatizar algo tão óbvio entre nós? Sim, há! — pois campeia por todos os lados uma frouxidão moral e doutrinária que nos preocupa.
A Igreja recebeu a responsabilidade de preservar e anunciar os mistérios de Deus (há muitas outras coisas que a Igreja pode e deve fazer, mas somente ela pode anunciar os mistérios de Deus – ninguém mais!). "A quem enviarei, e quem há de ir por nós?" (Is 6:8).
Para anunciar com ousadia, tornou-se necessário restabelecer os conceitos que temos, para que a mensagem pregada com fervor não fique desprovida de seu argumento maior, que são os frutos que a acompanham.
A mensagem do Evangelho é a mesma do passado: Um Deus Santo chamando um povo à santidade. Podemos mudar os vocábulos e a terminologia, mas jamais poderemos distorcer o sentido da mensagem. Os padrões de Deus são imutáveis. O que era pecado ontem o é hoje. Por mais que queiramos pintá-lo em cores mais brandas, o pecado gera separação entre o homem e seu Deus.
Levantemos os nossos olhos ao derredor, vejamos as necessidades patentes do nosso povo e sejamos fiéis à mensagem que nos foi legada: Santidade, a nossa missão ao redor do mundo.
Pensamento: Deus chama o povo à santidade.
Oração: Pai santo, permita-me, com os olhos da fé a viver a santidade para asssim manifestar Tua essência ao mundo. Em nome de Jesus, amém.
Leitura: Mateus 12:1-21 – Levítico 14 – Provérbios 26
Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O BICHO COMEU


"No mesmo instante o anjo do Senhor feriu a Herodes, pois ele aceitou a honra que só Deus merece. E ele morreu, comido por vermes" (At 12:23).
Normalmente, se alguém é devorado por algum animal, ou é por descuido, ou por acidente. Conhecemos muitas histórias cujo pano de fundo é uma destas duas coisas. Mas o livro de Atos conta a história de alguém devorado pelos bichos por outro motivo. Qual? Vaidade. Herodes era um homem poderoso. Precisamos entender que todo poder é passageiro. Poder é algo que exercemos em nome de alguém ou para alguém. Aquele soberano, poderoso, ao fazer um discurso, parece ter sido tão feliz que o povo exclamou: "É a voz de um deus!". Não é que ele acreditou?
Egolatria é um dos maiores problemas que o ser humano pode confrontar. Quando alguém afirma ser o que não é, ou aceita como verdade o que os outros estão dizendo a seu respeito, começa a correr perigo. Herodes é o modelo perfeito deste homem. Acreditou que o elogio recebido era merecido. "Eu sou deus. Eu sou poderoso. Eu tenho autoridade." No meio cristão alguns se auto-intitulam com tantos adjetivos, atualmente, que, creio eu, às vezes Deus pensa: "Não sei como viverei sem esta pessoa..."!
Herodes tomou para si glória indevida. A glória é só para Deus. Homem nenhum, em nenhum momento, é digno de receber glória. Ainda mais, ser chamado de deus. Na Argentina. dizem que Pelé é rei, mas Maradona é deus... Abriram até uma igreja para cultuá-lo.
Herodes caiu morto no instante em que aceitou uma glória que não lhe pertencia. O Texto Sagrado tão somente afirma: "...ele aceitou a honra que só Deus merece". Num instante, os vermes vieram sobre ele e o devoraram (At 12:23).
Lembra-se da história de nossa infância? "Cadê o toucinho que estava aqui? — O gato comeu!!!!" Pois é! O grande ladrão da alegria continua devorando os insensatos que não sabem dar glória a Quem é devida.
Pensamento: Toda glória pertence unicamente a Deus!
Oração: Pai, ajuda-me a entender quem sou eu! Preciso, a cada dia, lembrar-me de que sou nada mais do que criatura! Criado para o louvor da Tua glória. Em nome de Cristo, amém!
Leitura: Mateus 11:20-30 – Levítico 13 – Provérbios 25
Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

REVENDO NOSSOS VALORES


"Orem sempre e sejam agradecidos a Deus..." (1 Ts 5:17-18).
Quando a Igreja estava no período de formação, uma das exortações deixadas em uma das menores epístolas foi: "Lutai por preservar a fé que uma vez foi dada aos santos".
Às vezes, pergunto a mim mesmo o porquê de uma exortação tão forte para aqueles dias em que a Igreja caminhava de forma suave.
Hoje entendo: nunca foi tão grande a quantidade de interpretações distorcidas do conteúdo essencial do Evangelho. O básico – na verdade é o fundamental – tem sido substituído pelo secundário. No afã de produzir resultados, a verdade é sacrificada; a integridade tem dado lugar à perversa utilização da fé para fins pessoais, mercenários. A criação de um compartimento para a fé que sacrifica as pessoas – em lugar de oferecer a elas os benefícios do sacrifício de Cristo – é uma perversão dos nossos valores fundamentais.
Prega-se e ensina-se quase nada acerca dos fundamentos da salvação, que implica em arrependimento, restituição, mudança de vida e conduta; no entanto, gasta-se tempo enorme tentando dar aos fiéis alimento que não os leva a lugar algum.
Numa entrevista, certa ocasião, ao ser perguntado pelo jornalista quais eram os meus sonhos para o futuro da nossa igreja, respondi que, não só para a Igreja do Nazareno, mas para a Igreja Evangélica, o meu desejo se constitui em pelo menos quatro coisas:
1. Voltar ao evangelismo genuíno. Ganhar almas é a prioridade única da Igreja. Se cumprirmos o essencial, já faremos uma grande diferença – pois esta é a vontade de Deus: "salvar o perdido".
2. Restaurar a ética cristã entre as ovelhas e pastores. Mais verdade, respeito e transparência naquilo que afirmamos crer e ser. Nós somos a primeira "Bíblia" que o mundo lê. "Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13:35).
3. Mais fidelidade aos elementos essenciais da Igreja. Só a Palavra; só a Graça; só a Fé. E tudo para a glória de Deus, somente. É simples, não precisa ser complicado.
4. Orar e esperar, com espírito de urgência, um avivamento espiritual. Será que é querer demais?
Pensamento: Os nossos valores fundamentais não podem ser negociados.
Oração: Senhor Jesus, ajuda-me a ganhar almas para Ti e que não negociem a Tua Palavra. Em Teu nome, amém.
Leitura: Mateus 11:1-19 – Levítico 11-12 – Provérbios 24
Este devocional faz parte integrante do livro Bálsamo e Mel. Direitos reservados do autor.