sexta-feira, 5 de março de 2010

Exercendo o perdão no relacionamento conjugal

Publicado por Sérgio Leitão

Perdoar significa deixar livre, soltar, libertar, despedir, mandar embora, atribuir um favor incondicional àquele que nos feriu. É não levar em conta o mal causado; é não reter a mágoa ou ferida; é agir como se o incidente nunca houvesse acontecido.
No início do casamento, é fácil perdoar o cônjuge. Mas, depois de perdoá-lo várias vezes, começamos a pensar se não o estamos incentivando com nossa aparente tolerância. Às vezes, hesitamos em perdoar por temer que, ao fazer isso, estejamos permitindo que o mesmo erro ocorra novamente. Existe, porém, uma linha clara entre permitir e perdoar. Em outras palavras, podemos continuar a pedir ao cônjuge que mude seu modo de ser, e oramos para que isso ocorra, mas, se ele não mudar, recusamo-nos a deixar isso nos consumir e a nos tornar pessoas amargas. Perdoar não significa dar ao ofensor um passe livre para voltar a cometer os mesmos erros. O perdão não torna a outra pessoa certa; nos torna livres.
Perdoar é uma decisão que tomamos, e sabemos se perdoamos ou não. Não perdoamos alguém acidentalmente, sem perceber. Mas é possível não perdoar sem perceber. Achamos que perdoamos, mas não é verdade.
Perdoar é uma escolha que precisamos fazer todos os dias. E a escolha deve ser viver em perdão. Isso se aplica principalmente ao casamento. Além de amar seu cônjuge, a atitude mais importante que você deve tomar no casamento é perdoá-lo.
Até nos casamentos bem-sucedidos, o perdão é sempre necessário. Mesmo que duas pessoas completamente diferentes vivam juntas e em harmonia, sempre haverá decepções, mal-entendidos e mágoas. Precisamos sempre suportar um ao ouro e perdoar um ao outro. “Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem uns aos outros” (Cl 3.13). Não podemos esperar o momento em que o cônjuge mereça ser perdoado ou nos peça perdão. A falta de perdão é assassina. Mata o casamento. Mata a saúde. Mata a alegria. E ainda nos impede de caminhar perto de Deus.
Então é preciso entender que os integrantes de uma família devem ter harmonia, buscar o amor, a compreensão e o perdão sempre. Os cônjuges precisam trabalhar em cima do perdão para que as feridas do passado possam ser cicatrizadas. Um casamento não pode subsistir sem perdão, pois invariavelmente os cônjuges irão errar uns com os outros.
A verdade é que no relacionamento familiar nós experimentamos ofensas: um amigo que nos trai, um filho ingrato, a parcialidade dos pais, uma palavra áspera, uma acusação falsa, uma data pessoal esquecida, a indiferença para conosco de alguém que nos é importante. O perdão é a possibilidade da convivência.  O perdão é um indicador de nossa compreensão do amor de Deus por nós. Todos nós perante a ofensa exercemos a escolha. Podemos perdoar ou tornar-nos ressentidos, amar ou odiar, estabelecer relacionamentos ou rompê-los. A primeira escolha leva-nos à liberdade constante, uma vida de sinceridade e opções. A segunda escolha, inevitavelmente, leva-nos a uma escravidão dentro de nós mesmos. A primeira resulta em crescimento espiritual, a segunda, em amargura.
Que possamos aprender que a melhor maneira de viver um casamento em liberdade é decidir antes ser uma pessoa que perdoa. A pressão diminui, porque não haverá necessidade de tomar essa decisão todas as vezes que alguém nos ofender e precisarmos nos livrar da decepção, da mágoa ou da própria ira, por que o perdão cura e liberta.
Pelo perdão, abrimos o caminho para Deus trazer à nossa alma, a cura e a restauração. Andar em perdão é andar em vitória. Andando em perdão, não há como o inimigo conseguir penetrar em nossa alma, ferir nosso relacionamento e macular a nossa família.

quarta-feira, 3 de março de 2010

A pornografia destrói a união conjugal

Publicado por Sérgio Leitão

O inimigo menospreza a união conjugal e faz o possível para enfraquecê-la. É por isso que, por todos os lados que nós olhamos, há atrações sexuais para tirá-lo(a) dos trilhos – em ação ou, pelo menos, em pensamento. Vemos imagens sexuais em locais inofensivos, como em outdoors, enquanto dirigimos o carro pelas ruas, ou até mesmo em revistas comuns, programas populares de televisão ou em filmes exibidos em horários nobres. As propagandas, as músicas, moda  trazem um aspecto erotizante.  Tudo isso não passa de armação preparada pelo inimigo para enfraquecer o impacto da vida sexual do casal, tornando-a menos interessante.

Se você tem o hábito de ver imagens carregadas de sexualidade, saiba que elas ficam gravadas no fundo de sua mente, coração e alma. Mesmo que sejam vistas por acaso, permanecem dentro de você para sempre. Um dia, as fantasias tornam-se realidade, e o sexo no casamento jamais será suficiente.

A pornografia é feita de uma série de mentiras nas quais a pessoa acredita. Tão logo plantadas, suas sementes se espalham como ervas daninhas com espinhos capazes de sufocar a vida e o potencial que existem em você. Se sua mente ocupar-se por muito tempo com pensamentos pervertidos, inúteis e desprezíveis, você colherá frutos pervertidos, inúteis e desprezíveis na vida.

A Bíblia diz: “Repudiarei todo mal” (Sl 101.3). A pornografia é um mal. É um ato de luxúria, não um ato de amor. A luxúria gira em torno do “eu” e do que “eu quero”. Não se importa em repartir amor nem em construir um alicerce de amor. A luxúria nunca se satisfaz. Sempre quer mais. A luxúria sempre se opõe à vontade de Deus. “Para que, no tempo que lhe resta, não viva mais para satisfazer os maus desejos humanos, mas sim para fazer a vontade de Deus” (1Pe 4.2).

Quando a pornografia controla seus pensamentos, tudo o mais na vida começa a desmoronar, porque o espírito de luxúria destrói a alma e a mente. Se você derivar os pensamentos para o que é mau aos olhos de Deus, passará a viver nas trevas. Será uma pessoa oca, desvinculada de todas as outras partes do corpo. “Pois o preço de uma prostituta é um pedaço de pão, mas a adúltera sai à caça de vidas preciosas. Pode alguém colocar fogo no peito sem queimar a roupa?” (Pv 6.26-27). O espírito de luxúria corrói a essência de quem você é e de quem virá a ser. Destrói a prática do sexo saudável e prazeroso entre o marido e a esposa. Destrói a alegria do desejo e da satisfação sexual um no outro piorando os problemas de insatisfação no relacionamento de intimidade.

Se a pornografia invadir a vida de um casal, será difícil voltar à satisfação anterior, como se nada houvesse acontecido. É preciso esforço para reconstruir uma nova vida juntos. É preciso procurar ajuda com conselheiros tementes a Deus e com parceiros de oração. Também será preciso comprometer-se a orar juntos. Não há forças do inferno capaz de enfrentar o poder de Deus manifestado em favor de um casal que ora juntos.

Deus nos adverte repetidas vezes em sua Palavra que devemos fugir dessas tentações. Devemos dar as costas a elas. Mude de canal assim que aparecerem na tela. Feche a revista. Desvie o olhar do outdoor. “O prudente percebe o perigo e busca refúgio; o inexperiente segue adiante e sofre as conseqüências” (Pv 27.12). Deus quer que a pureza domine o nosso relacionamento sexual. Significa não permitir que influências externas nos contaminem e nos infeccionem.

terça-feira, 2 de março de 2010

Adultério: Você está se imunizando?

Publicado por Sérgio Leitão

Cada vez mais ouvimos casos de infidelidade conjugal nos dias de hoje. Antigamente a diferença da traição por parte do marido era assustadoramente superior em relação a infidelidade por parte da esposa. A porcentagem de mulheres que traem seus maridos, sobe cada vez mais. Inclusive nos círculos evangélicos!

Existem vacinas para um marido ou uma esposa não trair sexualmente seu cônjuge? O que podemos fazer para estar, como casais, cada vez mais imunes à infidelidade sexual. Claro que essa vacina não está disponível na farmácia ao lado, mas podemos estar mais imunes tomando algumas atitudes práticas no nosso dia-a-dia.

Uma das mais renomadas especialistas americanas em casos de infidelidade, Vaughan afirma “ É como tomar um pílula diariamente para o resto de sua vida”.

Vamos descrever algumas das atitudes, que você marido e você esposa, podem fazer para que não caiam nessa armadilha que todos os dias são colocadas.

1 – Jamais diga que não cometerá adultério.

Se existe um livro que deveria ser reeditado, com certeza esse livro se chama O mito da grama mais verde. No capitulo cinco do referido livro, o autor faz uma citação importante. Diz ele, citando Ellen Williams: “Se você está pensando, em seu íntimo: ‘um caso jamais poderia me acontecer’ está em dificuldades. Crer que somos imunes nos deixa completamente expostos e desprotegidos”.

Se você que ser fiel ao seu cônjuge não caia nessa cilada de pensar que você jamais irá cometer esse pecado que tantos males tem causado aos casamentos, famílias, igrejas e a sociedade em geral. Lembra-se do que disse Paulo: “Aquele que está em pé, olhe para que não caia” (1 Co 10.12).

Quando reconhecemos que podemos cair na tentação do adultério, estamos dizendo a nós mesmos que quem nos sustenta é Deus (Sl 125.1).

Portanto, se você quer ser imunizado contra o veneno do adultério, mantenha-se humilde e reconhecendo que quem nos livra da tentação e que nos dá capacidade para resistir às ciladas malignas é Deus (Lc 22.46; Ef 6.11)

2 – Seja transparente com seu cônjuge.

Outra atitude para não cair em adultério é manter o seu cônjuge informado de qualquer aproximação suspeita por parte de uma outra pessoa do sexo oposto. Quando os casais mantêm o canal de comunicação aberto existe liberdade para se compartilhar sentimentos e possível affair por parte de uma pessoa. Não se iluda: a aproximação e olhares suspeitos estão em todas as partes. Podendo inclusive partir de um irmão ou irmã que esteja participando dos trabalhos de sua própria igreja. Quando um marido pede a esposa para ajudá-lo a observar o comportamento estranho de uma pessoa suspeita de uma abordagem suspeita ele está dizendo: “Querida, eu tenho um compromisso exclusivo com você e gostaria que me ajudasse a observar o comportamento de fulano ou ciclano”.

O que estamos querendo afirmar não que você deva abster-se de amizades sadias com pessoas do sexo oposto. Mas quando se acende aquela luz amarela indicando que não existe mais um relacionamento sadio e que a outra pessoa está entrando no campo sensual é hora de comunicar e compartilhar com o seu cônjuge.

3 – Mantenha-se afastado da pornografia.

Hoje existe uma nova modalidade de infidelidade: a virtual. Em nossos trabalhos com casais temos visto muitos casais com sérios problemas conjugais tendo como pano-de-fundo o vício de visitas a sites de conteúdo pornográficos, bem como chats (salas de bate-papo) na Internet.

A entrada para sites pornográficos é bem mais fácil do que se pensa. Muitos provedores, especialmente os que oferecem Internet grátis, estão apelando e atraindo homens e mulheres para visitarem fotos de modelos em poses sensuais e provocantes.

A visita de sites pornográficos e salas de bate-papo de conteúdo obsceno, além de ser um tipo de infidelidade, abre uma tremenda brecha para um relacionamento físico futuro (Jó 31.1)

No link www.clickfamilia.org.br/downloads/navegador.doc você encontrará instruções como bloquear a visitas de sites com conteúdo duvidosos. Façam um acordo sobre o assunto.

4 – Torne o relacionamento sexual com seu cônjuge algo excitante e prazeroso.

Muitos maridos e esposas estão como aqueles animais da savanas africanas. Certa vez, vendo um desses programas em que mostra como é a vida animal nas savanas africanas, vi um leopardo abater com certa facilidade um cervo manco. Se aquele cervo tivesse com as pernas em perfeito estado, talvez com muita velocidade e um pouco de sorte, poderia sair a salvo daquela perseguição. Mas o leopardo, com o seu instituto predador, escolheu sabiamente aquele cervo com problemas nas pernas.

Muitos maridos e esposas estão como aquele cervo. Estão mancos na vida sexual, passando assim a ser uma presa fácil.

Portanto, uma pílula que devemos tomar diariamente para imunizar-se de um adultério é viver uma vida sexual prazerosa, excitante e criativa com o cônjuge que Deus nos deu (Pv 5.15).

Se tivermos um banquete sexual com nosso cônjuge, será mais fácil não comer migalhas lá fora. Lembre-se: Leão saciado não devora o domador!

5 – Pegue um táxi.

O filme Infidelidade aborda a questão da infidelidade de uma esposa que tinha um marido que a amava e uma família harmoniosa. Num belo dia, de um tremendo vendaval da cidade de New York, ela se vê dentro de um apartamento com um belo e sedutor rapaz. O que era um gesto de solidariedade passou a ser uma relação extremamente explosiva de pura sensualidade entre uma mulher casada e o jovem sedutor. No final do filme, analisando toda a desgraça que trouxe para seu casamento e sua família, lembrando daquele dia de vendaval nas ruas nova-iorquinas sua mente fez com lembrasse que naquele exato momento estava passando um táxi. Ao invés de ceder o convite do jovem sedutor para subir em seu apartamento e trocar de roupa poderia perfeitamente pegar um táxi e voltar para casa.

Lembra-se de José? Quando ele percebeu que humanamente não poderia resistir, a melhor saída foi pegar um táxi. Claro que naquele tempo não existia táxi, mas ele fez o que aquela mulher deveria ter feito: fugir, dá no pé (Gn 39.12)

6 – Ore sempre.

Lembra da oração do Pai Nosso? Jesus nos ensinou que deveríamos orar da seguinte maneira: “Pai, não nos deixe cair em tentação; mas livra-nos do mal” (Mt 6.13). Ore sempre para Deus livrar você e seu cônjuge da tentação. Uma boa leitura de Provérbios 6.20-35 também nos dará uma grande ajuda para não sermos presas fáceis.

Concluindo, converse com seu cônjuge sobre esses assuntos acima expostos. Firmem um contrato de sempre orarem um pelo outro, de estarem abertos para uma mútua ajuda de um ataque exterior no campo da sexualidade.

Conversem sobre como podem melhorar o relacionamento sexual. Façam um contrato de jamais visitarem sites pornográficos.

Lembre-se: Quando tudo falhar, pegue um táxi! Dê o fora, corra. Faça como José, dê no pé. Mais do que uma rima, é uma boa dica!

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Fonte: Autor desconhecido. Publicado no site www.ejesus.com.br.

E você acha que é imune ao adultério?